5.
2025
Residência Artística - Artes Plásticas
Cam Stass (BE)
Instalação-Pintura "AMARRAS"
cam
Cam Stass
OBRA
Pormenores da obra AMARRAS

Cam Stass é uma pintora e ilustradora belga cujo universo artístico mergulha no mundo dos sonhos. Com uma estética delicada e poética, a sua obra dá vida a composições que harmonizam formas, cores e elementos naturais, evocando cenários oníricos e profundamente simbólicos. Formada pela Académie des Arts de la Ville de Bruxelles, Cam Stass pinta desde murais de grande escala, telas e ilustrações inspiradas nas suas viagens pelo mundo. Atualmente, a sua pesquisa foca-se na relação entre o movimento e a mudança – duas forças que alimentam a sua paixão por viajar e descobrir novas culturas. Com um percurso internacional e comunitário, já deixou a sua marca muralista na Bélgica, Gana, Senegal e Ilhas Canárias, e dinamizou oficinas artísticas para crianças e jovens em diversas regiões da Europa, África e América Latina.

Cam Stass escolheu os Açores como cenário para a sua nova jornada criativa. Ao longo de um mês de residência, entre Abril e Maio 2025, a artista percorreu as ilhas do Triângulo – Faial, Pico e São Jorge – a pé, de boleia e de barco num processo de imersão total na natureza e no quotidiano insular. Através de encontros, observações e partilhas, o seu trabalho busca refletir a singularidade do arquipélago e o seu imaginário profundo.

https://www.instagram.com/stass_cam/

CUADRO PIERRE MEMORIA
LUZ LORA BROUILLARD

A proposta desta residência artística parte de um olhar sensível sobre as ilhas do Triângulo — Faial, Pico e São Jorge — e da vontade da artista de revelar, através da pintura, a essência que as une. Inspirada pelo nevoeiro e pelos jogos de luz que transformam a paisagem, pelas pequenas criações da natureza e pela ligação profunda entre o ser humano e o mundo natural, Cam Stass propõe uma obra que celebra a beleza e o mistério destas ilhas. Através de um tríptico — três paineis de madeira pintados com tinta acrílica — elementos característicos de cada ilha surgem entrelaçados, ao ponto de se tornarem inseparáveis, acompanhados de tradições comuns às três. A artista pretende transmitir esse ritmo de vida sereno, marcado pela ligação entre os habitantes e a natureza, bem como o espírito de comunidade que dá vida a cada ilha – o coração que sustenta esta forma de viver insular.

A obra estabelece um elo visual e simbólico que convida à reflexão:

“O que verdadeiramente une estas ilhas?

E como podemos, enquanto comunidade, fortalecer esse elo?”

ARTISTA
Cam Stass no atelier da AVISTAVULCÃO

AMARRAS, a obra criada em residência pretende transmitir o ritmo de vida sereno das ilhas, guiado pela natureza, pela proximidade com o mar e pela força da comunidade. Embora cada painel possa ser apreciado isoladamente, só quando unidos revelam plenamente o seu significado — tal como as ilhas, que, apesar das suas singularidades, se tornam mais fortes na união. Pensada para ser exposta no espaço público, resistente às intempéries e com vocação itinerante pelas ilhas do Triângulo, a obra será exibida ao ar livre em locais simbólicos: os farois das três ilhas.

tricam
AMARRAS - Obra tríptica exposta na paisagem do Faial junto ao Farol da Ribeirinha

AMARRAS de Cam Stass,

OBRA EM ITINERÂNCIA NAS ILHAS DO TRIÂNGULO E EXPOSTA NOS FARÓIS DE FAIAL-PICO-SÃO JORGE DURANTE O VERÃO 2025.

Uma instalação de pintura tríptica em acrílico sobre madeira, concebida para ser exibida ao ar livre junto aos faróis das três ilhas. A obra estará em exposição durante o mês de junho no Farol da Ribeirinha, no Faial. Em julho, seguirá para o Farol da Ponta da Piedade, no Pico, e em agosto estará no Farol da Ponta dos Rosais, em São Jorge. Em setembro, regressará ao Faial para ser exibida no Farol dos Capelinhos.

FAROL RIBEIRINHA farol manhenha farol rosais capelinhos cam farol montagem

A obra é pensada para ser exposta no espaço público e integrado na paisagem natural, mais especificamente, nos farois das três ilhas, por serem locais emblemáticos que simbolizam a união — entre as ilhas, entre o homem e a natureza — e permitem um maior acesso do público à arte. Esta opção cria também um circuito artístico que valoriza simultaneamente a paisagem local e os farois, abandonados ou em ainda em functionamento, enquanto património regional. Os habitantes e os visitantes poderão apreciar a obra durante quatro meses no total, ao longo de todo o verão, sendo colocada um mês em cada farol: a inauguração é feita no Farol da Ribeirinha (Faial), seguindo depois para o Farol dos Rosais (São Jorge), e posteriormente para o farol na Ponta da Ilha (Pico). Por fim, a obra regressará ao lugar onde foi criada —no Capelo, sendo exposta no Farol dos Capelinhos — encerrando o seu percurso com um ciclo completo entre as ilhas do Triângulo.

Cam Stass_Cartaz
Cartaz da apresentaçãp pública da obra na ilha do Faial | Farol da Ribeirinha
publi pu equipa amarras